Hackathon da saúde reforça ecossistema da cultura da inovação

Qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Encontrar resposta para essa pergunta pode ser tão desafiador como foi a primeira edição do hackathon da saúde promovido em Juiz de Fora na última semana. A iniciativa pioneira, fruto da parceria entre Unimed Juiz de Fora, UFJF e Sebrae Minas, reuniu universitários e profissionais das mais diversas áreas do conhecimento em busca de soluções crativas para novos e antigos problemas. Além de deixar evidente a marca da disrupção que a cooperativa já integrou ao seu jeito de fazer negócio, a maratona reforçou o ecossistema da cultura da inovação na cidade, incorporando a ele, definitivamente, uma área essencial e de profundo interesse social, como é a saúde.

Em apenas 24 horas voltadas à criação de soluções capazes de dar escala ao modelo de atenção que prioriza a prevenção de doenças e a promoção da saúde, os mais de 60 participantes do Unimed Exponencial, organizados em grupos, apresentaram dez ideias inovadoras. As três melhores, eleitas por júri composto por representantes das instituições promotoras, receberam prêmio em dinheiro. Mais que isso: ganharam a possibilidade de ver seus protótipos saírem do papel, a partir de um estudo de viabilidade que será desenvolvido nos próximos meses com a equipe técnica da Unimed Juiz de Fora.

Formada apenas por estudantes de medicina da UFJF, UFMG e UFAM (Universidade Federal do Amazonas) que participaram pela primeira vez de uma maratona, a equipe Long arrematou o primeiro lugar na disputa, com o protótipo de um aplicativo que estimula o protagonismo do usuário para o autocuidado em saúde. "Desde que entrei para a empresa júnior da faculdade venho mudando meu modo de pensar a profissão, buscando empreender cada vez mais. Ainda há muito a explorar no universo das startups de medicina. Quero muito solucionar problemas, associando assistência à saúde e empreendedorismo", explicou Rafael Kenji Hamada, integrante da Long, ao lado de Thainá Bentes, Eduardo Lobo, Mário Moreira e João Victor Simões que comemoram muito o resultado.

Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, a equipe UniXcom o aplicativo focado na comercialização de planos de saúde para o público jovem, e a Espaço Saúde, que criou o protótipo de uma plataforma para construção de planos de cuidado individualizados para cada cliente. Ao final da solenidade de premiação, os integrantes da terceira colocada surpreenderam e emocionaram a plateia com a doação do prêmio em dinheiro, para ajudar o estudante de medicina da equipe campeã, Rafael Hamada, a pagar os custos da viagem para um estágio de três meses em Harvard (EUA).

Espírito solidário caracteriza o ambiente dos desafios

A atitude da equipe Estação Saúde ilustra bem um comportamento bastante comum entre quem participa de ecossistemas de inovação. "Hoje a gente não vive mais num mundo que é só competição, de cobra comendo cobra", observa o coordenador de projetos da associação de cientistas criativos, 4Lab, Rafael Pelli, que veio de Lisboa para ser "o mestre sem cerimônia" do hackathon Unimed Exponencial. "Nossa proposta é promover, ao máximo, conexões entre pessoas, independente da área de conhecimento e do fato de ser alguém jovem ou não, para que essa comunidade cresça cada vez mais no Brasil", acrescenta Rafael.

Foram exatamente os benefícios dessas conexões que o programador João Baracky sentiu na pele. "Já participei de outra maratona, mas, com certeza, dessa vez não vai dar pra esquecer. Vencemos o cansaço e conseguimos transformar uma ideia em produto. A interação com os mentores, com os organizadores, com os outros participantes foi sensacional", avalia o integrante da equipe que ficou em segundo lugar no desafio. "Minha relação com a área de saúde era bem pequena. Por isso, além da oportunidade de colocar uma ideia em execução, ganhei muito conhecimento sobre algo que conhecia pouco", diz Baracky.

Agente de inovação do programa Minas Digital da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Ensino Superior do Governo de Minas, Jeremias Rodrigues destaca a parceria com a Unimed Juiz de Fora que, segundo ele, "veio com tudo" e abraçou a proposta de modo efetivo com "muita vontade de fazer acontecer". "O resultado são essas várias ideias excelentes que têm tudo para seguir adiante", observa Jeremias. "Que essa lição de criar solução em saúde em 24h seja modelo na busca por respostas para outros tantos problemas da nossa sociedade", acrescenta o analista técnico do Sebrae, José Tarcísio Fagundes de Paula.

Para a professora pesquisadora e vice-diretora Executiva da Fadepe/UFJF, Priscila Capriles Goliatt, cada evento de inovação que a universidade realiza é um marco não só pelo tema, mas pelo engajamento, pelas propostas. "Era um sonho realizar um evento de inovação em saúde e, felizmente, nossos ideais convergiram com os da Unimed", comemora a professora já pensando em outras edições. "Se os participantes saíram mexidos assim da primeira vez, imagine das próximas", observa a professora, ao destacar o perfil multidisciplinar que caracterizou a maratona. "É muito difícil trazer a saúde para um evento de tecnologia. O engajamento e a quantidade de pessoas ultrapassaram nossas expectativas."

Iniciativa revigora compromisso com a disrupção

A experiência do Unimed Exponencial trouxe ainda mais vigor para o novo modelo de gestão da cooperativa, baseado em estruturas mais horizontais, fluidas e propositivas, capazes de incentivar o intraempreendedorismo. "De fato foi um evento revigorante, com uma turma jovem e inovadora que propôs muito mais que dez grandes soluções em saúde. São pessoas que têm energia e transitam com facilidade pela tecnologia. Isso tem muito valor pra gente", observa o diretor de Relacionamento e Mercado, Glauco Corrêa de Araújo, muito satisfeito com os resultados.

E quem pensa que o hackathon desafiou apenas os participantes está enganado. Diretor Administrativo-Financeiro da Unimed Juiz de Fora, Darlam Kneipp revela que o evento despertou para a criação de uma startup que pode sustentar o Sistema Unimed como um todo, capaz de provocar a inovação de forma contínua. "Não tenho dúvidas de que realmente esse será o primeiro evento de muitos outros que ainda faremos", afirma Darlam, impressionado com a capacidade dos participantes de encontrar soluções criativas em um período de 24 horas.

Para a diretora de Provimento de Saúde, Nathércia Abrão, a maratona reforçou o compromisso da Unimed Juiz de Fora em liderar a inovação em saúde. "O Unimed Exponencial trouxe a certeza que estamos na direção certa. Nosso único caminho é inovar sempre", diz a diretora que compartilha da mesma opinião do consultor de gestão estratégica, Luciano Mantelli. "Foi emocionante ver pessoas de diferentes idades e experiências se permitindo crescer, abandonando as zonas de conforto por entenderem que a proposta da Unimed é verdadeira, porque também a cooperativa está neste mesmo movimento", explica o consultor da Fourge.

Presidente da Unimed Juiz de Fora, Hugo Borges está convencido que a troca estabelecida durante o desafio trouxe ganhos para todos. "Queríamos muito trazer essa discussão do novo modelo de atenção com foco na Atenção Primária para o ambiente universitário. Ganhamos muito com essa oportunidade de compartilhar e a UFJF é um espaço muito emblemático, porque praticamente 90% dos nossos cooperados são formados por essa universidade pública. Estou muito feliz, porque todas as ideias apresentadas no hackathon têm grandes chances de melhorar a saúde das pessoas", finaliza o presidente.

Este conteúdo foi publicado originalmente no jornal Tribuna de Minas, edição de 18/11/2018. Confira aqui

 
 
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